Quando as nuvens do sofrimento Invadirem teu céu mental, Não desfaças a sombra em trovões e coriscos, Fulminando corações em derredor... Poderias aniquilar Muitos germes da fé, Muitas flores tenras da esperança. Busca o refúgio do silêncio e medita... E quando a serenidade acolher-te em seu manto, Fala contigo mesmo, Conversa com a tua própria ira, Põe diante dos olhos sua figura sombria, Dize-lhe que talvez teu irmão Sinta fome de pão ou sede de carinho Sem que ninguém lhe conheça o heroísmo obscuro! Talvez esteja exausto À procura das oportunidades que te sorriem desde muito, Incapaz de suportar, por mais tempo, as lutas que lhe parecem intermináveis... Possivelmente, Não iniciou a existência com os recursos felizes de teu começo E viverá revoltado, entre os espinhos da ignorância. Quem sabe? Dize à tua cólera Que o pobrezinho é desfavorecido e infeliz, Provavelmente, nunca recebeu Um beijo de mãe, um carinho de esposa, a ternura de um filho, Um abraço de irmão, o afeto de um amigo, Talvez Esteja perseguido em si mesmo Pelos demônios da inconformação! Comunica-lhe tuas impressões fraternais no grande silêncio... Tua cólera ouvirá, chorando de dor E as lagrimas benditas Lavar-lhe-ão a túnica negra Que resplandecerá de alvura e de beleza... Em seguida, Voltará ao teu coração, Plenamente transformada. Deixará seus títulos, seus direitos e honrarias, Esquecerá toda ofensa, toda injúria, toda dor... Mudará o próprio nome E chamar-se-á Compreensão, Compreensão gloriosa e sublime, Filha de Deus, Irmã da Humanidade e Serva da Natureza, Para a Vida Imortal... Alma Eros |
domingo, 8 de dezembro de 2013
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