sábado, 28 de janeiro de 2012

O BULLYING E A ROTURA DE VALORES MORAIS

O BULLYING assimila todos os moldes de atitudes agressivas, premeditadas e recalcadas, que acontecem sem causa evidente, adoptadas por um ou mais estudantes contra outros, ocasionando dor e angústia, e efectuadas num relacionamento desigual de poder. O desequilíbrio de poder é uma das causas primárias, que levam à possível a intimidação da vítima, pois ela é feita geralmente em grupo e não permite que o lesado se possa defender.

Infelizmente já se tornou um problema mundial, ponto vital de ataque, Escolas, Instituições e Colégios particulares, mesmo não existe preferência do meio, porque nada lhes é adverso, eles actuam em qualquer um, a nível rural, citadino, não existe preocupação da parte dos intimidadores, para eles é mais um sítio, mais, e só apenas isso.

A maior fragilidade é a omissão, da parte das Instituições, talvez por medo de represálias.
Estes jovens não têm empatia, ou relacionamento averbado a amizades. Geralmente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais não existe relacionamento afectivo entre seus membros.

Seus pais exercem uma pobre ou nenhuma influência sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou expansivo. Claro que isso se vai reflectir num futuro recente, dos jovens, quando adultos terão com toda a certeza um comportamento anti-social e violento, podendo vir a adoptar, inclusive, atitudes delinquentes ou de criminalidade inconsequente, a qual não terá parâmetros de quantificação.

Os atingidos são pessoas tímidas, e sem meios de poderem defender-se, pela sua fragilidade, tudo porque a pouca sociabilidade, lhes retira o apoio ou então nutrem dum sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda.

Estas individualidades vivem sem esperança quanto às possibilidades de se ajustarem ao agregado que os envolve. A baixa auto-estima é enorme, e reforçada pelas por ingerências críticas ou pela indiferença dos seres que estão à sua volta, sobre seu sofrimento. O mais saliente é que muitos crêem ser merecedores da malvadez que lhe é tributada.

A falta de amizade, passividade, quietude dá-lhes a inoperância para reagir em sua defesa. Claro com tudo isto o desempenho escolar caí por terra, permanecem e aguentam todo este horror ou negam-se a ir para a escola, até simulam doenças. Andam de colégio para colégio com assiduidade, ou repudiam os estudos. Há jovens que tomam os extremos da depressão acabando por tentar ou cometer o suicídio.

Tudo isto está banalizado por falta de coerência e de tomadas de medidas que equacionem a defesa destes jovens.

Em tempos remotos, nós já verificamos estas passagens, pelas perseguições da inquisição, aos que falavam com os seus Deuses da época, mais recentemente pelas perseguições horrendas dos Judeus, mas se meditarmos sobre tal situação verificaremos que os extractos que mais humilham, são aqueles que nem precisam materialmente de nada, mas tem ausência de escrúpulos, usando e abusando atropelando todos os valores do respeito pelo próximo, diria mesmo que estamos em período, inquisitório, onde a Lei é só uma, o medo pelo medo.

Estamos em mudanças enormes, os valores Familiares estão a ser pressionados, pelos cortes materiais, pois vive-se cada vez mais apertado economicamente, os Pais não tem presença atempada em casa, ambos trabalham, chegam e cruzam-se, quase nem um sorriso tem para dividir, tal é o afastamento. O desemprego, agregado também ao enorme desamor entre familiares, redunda numa enormidade de divórcios, mas nada que não se supere, o período matriarcal está a perder força, e o poder patriarcal está em crescendo mais uma vez! Mas desta forma voltamos às raízes pensam vocês!’, Não amigos isto, é apenas o começo do defraudar da imposição da lei de afinidade, pois quem colhe ventos semeia tempestades. Não adianta lamentarmo-nos, porque tudo tem a sua causa e efeito, e o desagregamento, familiar a cobiça, o prazer desmedido e o recalcamento do pretérito tem como cobrança a desordem de valores e troca abrupta da vida equilibrada para uma de provação e expiação. Quem quer deter-se, quem toma a bandeira da responsabilidade da violência!? É fácil, os culpados, não existem, somos todos nós por incúria, facilitismo, e devaneio que saímos da estrada da vida espiritual, da moldagem das almas pelos valores evangélicos, nada nos falta, mas tudo se perde, apenas queremos um pouco mais acima, porém esquecemo-nos, que a crise não é só amoedada, mas principalmente pela falta de conhecimento moral, espiritual e intelectual. As ocorrências dos espectáculos, levam muita gente, mas a mascara da verdade, não mostra o que vai no interior, é tudo platónico, nada de que o Universo vivente não estivesse à espera, as intempéries aumentam, os acidentes mortíferos aumentam, as catástrofes estão aí, mas ninguém procura reflectir que a maior calamidade saí de nós, dos nossos sentimentos , das nossas atitudes, da corrupção de valores, e da falta de sensibilidade, para os valores que encerram a continuidade no caminho da felicidade, amigos não esqueçam seus objectivos, a razão que os trouxe aqui a este plano, porque cá viemos, o que fazemos aqui senão resgatar, crescer,,aprender a amar, mas se assim não queremos viver e ousamos tomar tudo pela ausência de amor, então preparem-se as cobranças só ainda agora começaram, o Mundo passa pela sua mudança, e os que quiserem seguir os caminhos da solidez, da comunhão dos ensinamentos do Mestre que tomem da enxada e que não deixem a faina, porque existe muito por desbravar, uns terão de ajudar os outros, porque muitos irão ranger os dentes, mas depois disso a suavidade dos céus, fará vibrar as alegrias do amor…. Vamos arregaçar as mangas , tomar o arado e lavrar o terreno que há por lavrar , porque a seara ainda tem muito para trabalhar, tenhamos fé, generosa e amemos, o próximo, Deus fará o resto.

Amigos, tudo começa em nós, cada um, será sempre uma centelha que no seu mapeamento mental tem que discorrer o sentido  do seu caminho, por isso não deixemos que se avolume a obra, vamos arregaçar as mangas e unir esforços em caridade amando, e sendo perseverantes, sem vencedor ou vencidos, mas acrescidos  da verdade redentora, o amor em caridade.

* * *
Victor Passos

FAMÍLIA EM MUDANÇA

Meus Amigos entendo que vivemos uma fase de transformações, Léon Denis diz-nos e bem "cada século tem uma particular missão na história".  Este século está a tomar o rumo de enormes transformações com o sentido direccionado para o mundo de regeneração. Todos os valores do pretérito estão a ser reavaliados em toda a essência de maneira a que outros, e estes mais próximos da realidade se reactivem.

Muitos irmãos pensam que por o enorme número de divórcios e os conflitos familiares se está a extinguir a Família, penso que será o contrário tal como sociólogos que estudam nessa área, o pensam, esta fase contemporânea é nada mais nada menos que um processo reorganizador do ser humano, de forma a integrar-se nas novas nuances dos sentimentos, e emoções e valores espirituais, reforçando dessa forma que a idéia familiar vista pela consanguinidade, começa a cair e a aproximar-se do conceito Família que nos mostra no  O Evangelho Segundo o Espiritismo” aprendemos que os verdadeiros laços não são os da consanguinidade, mas os laços da afinidade espiritual (1). Devemos tranquilizar, pois, os corações, porque a família não está em extinção, o processo é de transformação:
 
 Quem não percebeu, está a ser arrastado pela circulação das mudanças, desde a revolução da Juventude, na mãos do amor livre, pelas inúmeras fragilidades que apresentaram, ate à revolução industrial transformou as cidades em metrópoles e trocou a simples vida agrária pela movimentação e agitação da sociedade tecnológica, assistimos a fragmentação familiar ocorrer de formas acelerada e invulgar, ocasionando dificuldades que só o tempo conseguiu demonstrar. O antigo aconchego doméstico foi substituído por uma ausência contínua, primeiro dos pais trabalhadores, depois dos filhos estudantes e, por fim, dos "os filhos de  creche" “ Os Pais de asilo” tornaram-se o elam da vida pela volumetria de movimento cego aos valores de amor e enlouquecido pelo ingaço da necessidade da conjugue trabalhar para equilíbrio do óvulo econômico do lar que povoam o dia a dia de nossas metrópoles. Como consequência da busca de realizações externas e da contínua ausência de convívio entre os membros do grupo familiar, o diálogo se fez escasso, a afectividade teve sua manifestação dificultada e a família, em si mesmo, permanece ameaçada.

O tema Família vê-se a ser discutido e rediscutido mas temos que o fazer contemplando, todas as vertentes, porque não é visão singela social, ou ao enxergar pelo intelectualismo, mas tomar como ponto valores de espiritualidade e sua envolvência nessa transformação.

Nesse estudo, o Espiritismo vem trazer referenciais de extrema profundidade uma vez que estabelece no Espírito uma das potências da Natureza e pretende introduzi-lo como uma variável determinante na interpretação da vida. Portanto as considerações em torno da família e suas funções ganham no pensamento espírita uma dimensão a maior, permitindo ver mais além do sentido da Família consanguínea.

Senão vejam o que nos diz o Espírito Fénelon no O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XI, item 9:

"Disse Jesus: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos". Ora, qual o limite com relação ao próximo? Será a família? A seita? A nação? Não: é a humanidade inteira!". É de foro íntimo de cada um entender se o exercício que está fazendo dentro da relação é de solidariedade, desenvolvimento de laços fraternos, ou se está baseado nas sensações e na busca da sensualidade. (t)

Os Espíritos em resposta a questão 774 de O Livro dos Espíritos também nos dizem (2):

"Há no homem alguma coisa a mais, além das necessidades físicas há a necessidade de progredir. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos."
A visão da Familia tem tantos conceitos tantos quanto nós sermos individualidade senão vejam:

Definindo família como "Pessoas aparentadas que vivem em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos"; ou ainda "pessoas do mesmo sangue" Aurélio Buarque, pretendeu relacioná-la com sua função marcadamente social e biológica. Mas a família traz interpretações mais amplas quando observada sob outros pontos de vista.
No entendimento de Wilfred Anderson e Frederick Parker:

"A família é a instituição primária das sociedades. Entre suas principais funções podemos citar: a reprodução biológica, o sustento econômico, a socialização e a educação, e a transmissão de propriedade e cultura."

Assim, no âmbito sociológico encontramos a família como "a instituição primária" e como um instrumento da sociedade para sustentação do seu próprio equilíbrio. Ainda nas palavras de "a família é a mais eficiente estrutura de relação humana criada pela sociedade para a realização de certas funções essenciais."

Essa opinião de que a família é um instrumento da sociedade para sustentação de suas bases não é exclusiva desses autores. Will Durant compartilha da mesma idéia e afirma que:

"A família tem sido o veículo dos costumes e das artes, das tradições e da moral.", e acrescenta "A essa função da família como centro moral e integrador da sociedade veio somar-se a função económica: a família tornou-se uma unidade, um núcleo de produção."

Ao demonstrar que o homem é na realidade um Espírito em aprendizado na Terra, a Doutrina Espírita ampliou o conceito de família. Kardec tornou muito clara esta dimensão de família espiritual quando analisou o problema emO Evangelho segundo o Espiritismo. Assentando a família em bases espirituais o Espiritismo apresenta a família como instrumento fomentador do progresso. No entendimento do Espírito Emmanuel, a família recebe uma interpretação transcendente:

"Temos, dessa forma, no instituto doméstico uma organização de origem divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do Mundo Melhor" (3).

Essa função evolutiva que desempenha a família vai além do indivíduo e atinge mesmo as bases da organização social. Uma análise detalhada das funções específicas da família, conquanto de enorme interesse, está fora do escopo deste texto. Mas poderíamos sintetizar essas funções no seguinte quadro esquemático:

No "O Livro dos Espíritos" Kardec a da lei de sociedade esclarece-nos de que:

"O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No insulamento ele se embrutece e estiola." (4)

Nós temos que entender que tudo está em mudança e a nossa vida sofre influências que não são só nossas, mas também da espiritualidade, porque pela reencarnação, novos valores vão integrando as alterações e das quais temos que nos adaptar .

Allan Kardec, na Codificação, estabeleceu no Capitulo V conclusão de "O Livro dos Espíritos "que nos diz:

"Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa nova fase, a do progresso moral que lhe é consequência inevitável."

Daí meus Amigos entendo a forma de mostrar que esta mudança é tem o seu positivismo, e divulgando o Espiritismo, e demonstrando pelo exemplo a grandeza e a enorme responsabilidade que a Família tem da educação de valores morais e de entendimento, só possíveis no intercambio relacional com a individualidade e ao mesmo tempo uso do livre-arbitrio, com bom senso e dentro da razão.

(1) Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 18 e 23.
(2) ___________, O Livro dos Espíritos, Livro III, Lei da Sociedade, cap. VII, subcap. III, Laços de família, questão 774.
(3) XAVIER Francisco Cândido. Vida e Sexo. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 6. ed. Rio de Janeiro,- FEB, 1982. p. 13-15.
(4) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro III, Lei da Sociedade, cap. VII, subcap. I, Necessidade da vida social, questão 768.

Victor Passos

Algemas do preconceito homossexual

A homossexualidade é muito debatida, e pouco entendida, e ainda por cima se vê preconceito para um lado e não para o outro! Será que também não existe preconceito do homossexual para o heterossexual!?
Entendo que os seres que respeito imenso, no caso os homossexuais, também se vitimam em demasia para encarar a situação de se achar desgarrados da Natureza procriadora, porque na realidade eles sabem no seu intimo que a posição que se encontram é opção deles e não doença.
Não sou contra, como disse tenho alguns amigos nessa condição e são extremamente generosos e boas pessoas, nem os vejo por o serem...São seres como eu ,mas com opção diferente, e porquê?! Vejamos recorrendo à Codificação; 
132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação
 Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
 A acção dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma acção que eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza. relâmpago.” (1)
Logo, perante este cenário, não poderá ser uma expiação ou provação a sua condição?
 Não terá escolhido este meio de poder sanar abusos dum preterito, sei que é uma suposição, mas assisti a relatos em doutrinações de espiritos que passaram nessa condição, devido a abusarem de mulheres, mesmo tendo violado, nalguns casos... seguindo  
200. Têm sexos os Espíritos?
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”
201. Em nossa existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”
Ora amigos,se os espiritos no caso dos homossexuais são seres que estão em sintonia, de sentimentos e vontades, não pode haver amor entre eles! E concordância? Claro que se sim apesar de estarem num corpo e apesar de encarnados são espiritos ou não?
Agora, se pode um espirito animar um corpo de homem, num de mulher, não tem ele afinidade com a forma de estar da mesma, penso que sim, está a errar por isso?
Se tratando duma provação ou expiação  claro que não, será um um meio de valorização do próprio espirito, ao fazê-lo valorizar os sentimentos, para com os outros. Vejam... 
202. Quando errante, que prefere o Espírito; encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher? 
“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
NOTA DE ALAN KARDEC: Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo.
Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência.
Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.
Após esta questão penso que está tudo dito.
Aonde condena a homossexualidade a Codificação!?
Meus amigos assim como à agnostos que tem mais moral que qualquer um de nós, estes irmãos também tem direito à sua livre escolha, às suas opções de evolução, o importante é os seus valores de amor e respeito pelo próximo, pergunto em que afecta, estes irmãos amarem outros do mesmo sexo?
Entendo que o importante é que eles na sua caminhada , assim como nós,se façam seres moralizados, e se libertem de egoismo e orgulho, que cambeia pelas relações vivenciais!
Vamos preocupar-nos com a envolvência educativa, dos nossos filhos, das Familias, e do respeito dos seus valores, porque cada vez há mais divórcios, cada vez â mais abandonos dos filhos, cada vez à mais violência, isto é que temos que repensar, e dar as mãos afim de tornarmos a Humanidade vivente melhor.
Me perdoem, não sou dono da verdade, no meu conhecimento pequenino , vejo as coisas assim, e como sou apenas uma individualidade, não faço razão.
Victor Passos

Espiritismo Visão da Assistência Social


Victor Manuel Pereira de Passos
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceitos. 3. Citações.4.Historial.5.Centro Espírita na Assistência Social: 6. Conclusão. 7. Bibliografia Consultada.
1-  INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo, alertar os espíritas para a essência da assistência social e a sua inclusão através dos princípios espiritas dentro e fora do Centro Espirita. E dos valores da defender, de forma a proporcionar o bem, mas sem aniquilar o Ser integral, nas suas obrigações, para com os valores doutrinários.
 2. CONCEITOs
Assistência – do lat. Assistentia. Ato ou efeito de assistir a alguma coisa. Fazer aos outros aquilo que desejaríamos para nós em circunstâncias iguais.
Assistência Social – É uma  função de político-social com o sentido de dar provimento às necessidades básicas dos indivíduos, mais rigorosamente em prol da família, maternidade, infância, adolescência, velhice, o amparo às crianças e aos adolescentes carentes, promoção da inclusão seja no mercado de trabalho e na vivência com a sociedade, na preparação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência , doenças do foro crónico e a promoção de sua integração à vida comunitária.
As prestações de assistência social são destinadas aos indivíduos sem condições de prover o próprio sustento de forma constante ou temporária, Este processo envolve toda a Comunidade  desde dos políticos aos voluntários.
Voluntário – Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...”
·         Voluntariado

( art.º 2.º da Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro)

    É o conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas.
    Não são abrangidas pela presente Lei as atuações que, embora desinteressadas, tenham um carácter isolado e esporádico ou sejam determinadas por razões familiares, de amizade e de boa vizinhança.

·         ENCONTRA-SE ao serviço das pessoas, das famílias e das comunidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do bem estar das populações.

·         EFETUA-SE por um conjunto de ações de interesse social e comunitário, praticadas de forma desapegada, revelando o trabalho voluntário.

·         ALARGA-SE através de projetos e roteiros de entidades públicas e privadas com condições para integrar voluntários, abrangendo as entidades promotoras.

·         POR INERÊNCIA uma decisão livre e voluntária sustentada em motivações e escolhas pessoais que descrevem o voluntário.
Na condição Espirita” dar de graça o que de graça se recebe”, isto sem olhar a quem…
3. CITAÇÕES
"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.” Confúcio
"Deviam parar com a demagogia sobre as massas. As massas são rudes, sem preparação, ignorantes, perniciosas em suas reivindicações e influências. Não precisam de lisonjas mas de instruçãoRalph Emerson
"Nada há de mais belo e legítimo do que o homem fazer o bem e como deve ser, nem ciência tão difícil do que saber viver esta vida bem e naturalmente; e, de todas as nossas doenças, a mais terrível é desprezar o próprio ser.” Michel de Montaigne  
4. HISTÓRIal
    Na antiguidade não existiam refúgios para dar apoio a crianças e idosos. No entanto por exemplo segundo dados históricos os Cro-Magnon tinham uma vida social que apresentava sintomas bastante significativos de organização.
    A sua fixação e permanência nas cavernas, embora não fosse definitiva, pois suas atividades ainda eram a caça e a pesca, eram prolongadas de tal modo a lhes dar condições de esquematizar os princípios básicos de uma comunidade. Dividiam o trabalho.
    A caça era um objetivo comum e a sua partilha entre os membros do grupo era obrigatória. Este "cooperativismo" era, em grande parte, motivado pelas próprias circunstâncias geoeconómicas em que viviam: os animais eram, em sua maior parte, de grande tamanho e difíceis de serem caçados por um homem sozinho. Caçavam juntos, enfrentando os mesmo perigos mas, em cerimônias festivas, faziam também a partilha coletiva. Porque temos que ter em conta a assistência social, não é só dar a quem precisa, mas toda uma conjuntura que nos obriga a aprender a estar em comunidade e partilhar as fragilidades para as melhor combater.
     Os Egípcios, os Hindus (na pessoa de Buda) e os Chineses (pela influência de Confúcio) além de venerar seus mortos, já ensinavam por parábolas, a tolerância, a igualdade , bondade e lealdade para conseguirem almejar  um objetivo supremo. Já se formavam castas, tribos, clãs e seitas com sua organização , mesmo que aboleta, mas já lhe sentiam a necessidade de colaboração..
     Após implantação do Cristianismo como religião legal, os povos do pretérito começaram a elaborar instituições de assistência com caráter burocrático e constante. Com Jesus Cristo a assistência refulge em cada momento, tal vemos em epígrafe no Evangelho, circunscrevendo o tríplice espaço da sintonia universalizada;
·         Estendeu a sua Humanidade, ao homem, não tinha  limites, nem projetava diferenças: servos, adversários e perseguidos todos eram vistos de igual forma.
·         Ele foi mais longe do que a estância superficial, atendeu todas as carências morais e espirituais, referindo-se constantemente ao corpo e a alma;
·         Supera o conceito de todas as instituições, acrescentando o conceito de justiça, fraternidade e amor.
O Evangelho de Jesus mostra-nos o verdadeiro sentido da caridade e   sublimidade do conceito de amor ao próximo, conforme se conclui dos seus ensinos:
·         O Bom Samaritano (Lucas X: 25-37);
·         “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei também a eles...” (Mateus VII:12);
·         “Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem.” (Lucas VI:31);
·         O que é necessário para salvar-se (Mateus XXV:31-46);
·         O amar aos inimigos (Mateus V:43-47; Lucas VI:32-36).

   A evolução Industrial, a capitalização dos interesses materiais, a soberba do poder, da corrupção veio projetar muitos desafios que até ali não haviam existido. A alienação do conceito de vida, excessos e desafios constantes pela autoridade Mundial, traz na globalização o preço da luxúria lúgubre onde os pobres ficam mais pobres e os ricos vivem o seu apogeu desmedido.
   Essa projeção imperial apenas veio trazer descontrole e estamos a colher os frutos amargos, o progresso  trazia a faca de dois gumes e a automatização que barateia os custos de mão de obra, mata os empregos e várias áreas de afazeres foram se diluindo, o desemprego, a miséria, fome e doença começou a retratar-se no quotidiano e a desigualdade por muito que se tente está aí bem presente. Os Países em recessão, por incúria, por abusos, levam a que a violência aumente, e que a estruturas de sociais comecem a ficar lotadas. Logo a necessidade de maior solidariedade entre as Comunidades, daí o papel importante dos voluntários, mas também da sociedade civil, governo e o grosso do poderio Mundial ter que criar acessibilidades, num conceito de sustentabilidade de processos, para poder ajudar os mais carentes.
     Os ricos têm que apoiar os pobres, e urge criar uma mentalização de que é necessária educação, formação, mas dentro dos valores do amor, da moral e do respeito pelos valores do outro.
   O Espiritismo, tem aqui uma tarefa, não para substituir Instituições Sociais mas para lhes acrescentar os valores espirituais, não é dar o pão apenas, mas ensinar a importância de aprender o valor do fermento pela busca constante de meios para que não se caía no marasmo , ou na ociosidade, mas exaltando à responsabilidade de todos discípulos do princípio “Fora da Caridade não há Salvação”, isto sem olhar a quem, e sem que se permita que os outros credos possam ser entrave, porque quando se trata de ajudar, os rótulos religiosos não tem valor, mas sim a essência do amor pelo próximo.
   Entendo que todos tem algo para partilhar, o medico, o carpinteiro, o trolha o eletricista, o mecânico, o padeiro o varredor, o professor, o aluno, o Pai,a Mãe….
    Adolfo Bezerra de Menezes , Sousa Martins, Eurípedes Barsanulfo , Anália Franco , António Gonçalves da Silva  “Batuíra”, são exemplos de amor e partilha, e o desafio aos Espiritas é dar continuidade partilhando com sem olhar a quem… Se nós oferecermos o que temos de bom, e o outro Irmão fizer o mesmo doando a ocupação do que alguém tem em falta estará a contribuir, para a grandeza humana tal como Jesus nos ensinou e que sublimou as praças , as ruas , as casas, com seu amor , com sua postura moral. O melhor lucro que podemos ter com a nossa experiência partilhada é a de despir a pena e  de aprender mais e ser mais solidários.
5. CENTRO Espirita na ASSISTÊNCIA SOCIAL
     A ação espírita a ser desenvolvida pelos Centros espíritas: a unificação, estudo doutrinário ensino dos médiuns e a caridade.
   O Centro Espírita é o consignatário dos princípios da Doutrina Espírita e não se pode despegar da sua pureza, afim de não colocar o Espiritismo na voz do fogo do descalabro vicioso como aconteceu com outros credos.
    Bezerra de Menezes propôs - nos: "É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compro­missos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios" (psicografia de Chico Xavier, "Reformador" de dez. de 1975).
      A solução da questão social, diz Kardec, está toda no melhoramento moral dos indivíduos e das massas. Não é o Espiritismo que cria a renovação social, mas o amadurecimento da humanidade que fará disso uma necessidade, escreveu ele em "A Gênese" (cap. XVIII, item 25).
      Em "O Livro dos Médiuns", cap. XXIX, item 350, Kardec escreveu: "Se o Espiritismo deve, assim como foi anun­ciado, trazer a transformação da Humanidade, isto pode ser apenas pelo melhoramento das massas, o que pode acontecer gradualmente e pouco a pouco, apenas pelo melhoramento dos indivíduos".
    E posteriormente, no mesmo item, o Codificador sugere: "É para o fim providencial que devem tender todas as sociedades espíritas sérias, agrupando ao seu redor to­dos os que possuem os mesmos sentimentos; então haverá entre elas união, simpatia e fraternidade e não um vão e pue­ril antagonismo de amor-próprio, de palavras antes que de fatos; então elas serão fortes e poderosas, porque se apoiarão numa base indestrutível: o bem para todos".
6- CONCLUSÃO
   Ao Centro Espírita cabe na sociedade a função de preparar o homem espírita como motor de transformação. A ideia de Deus está mais próxima, o sentido real da vida material, é por nós entendida, porém urge fazer proliferar o sentido de real do espiritismo como voz da esperança na vida futura e da morte da inoportunidade pela mão da reencarnação.
   O materialismo e seu consulente, o egoísmo, vício mais corrosivo e a causa de todas as enfermidades da sociedade, devem ser denunciados pela divulgação da Doutrina Espí­rita e pelo exemplo dos seus seguidores. É importante o papel do Centro Espírita na aproximação da Família, na educação dos seus membros e a mesma projeção social para todas áreas da comunidade.
A ação social espírita tem de se fundamentar no voluntariado no apoio aos carenciados, apoio espiritual nas suas vertentes, orientando, para vida ativa e não para a passividade.
A missão principal do Espiritismo é o apelo à “transformação da humanidade pela melhoria das massas por meio do gradual aperfeiçoamento dos indivíduos”, todo o auxílio feito ao próximo deve ser acionado dentro de um plano que tenha por objetivo o reequilíbrio moral; a reintegração social e a educação espiritual.
7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
O Evangelho segundo o Espiritismo.  A. Kardec.
O Livro dos Espíritos. A. Kardec.
O Livro dos Médiuns de A. Kardec
A Génese de Allan Kardec
Conduta Espírita. VIEIRA, Waldo.
www.espirito.com.br. Manual de Apoio para as Atividades do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita, da FEB.
Decreto de Lei (art.º 2.º da Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro)