terça-feira, 3 de setembro de 2013

No trato com os sofredores



Nossos modestos apontamentos desta noite objetivam acordar-nos a atenção para a responsabilidade no trato com os desencarnados sofredores, transviados em treva e perturbação.
É imprescindível aplicar a psicologia cristã em todas as fases do intercâmbio.
Em várias circunstâncias, essas entidades jazem extremamente ligadas aos nossos corações.
O obsessor muita vez será o companheiro enternecidamente querido à nossa alma e que se nos distanciou do caminho. Será um pai muito amado que nos partilhou a luta em passado próximo... Será uma criatura jungida a nós outros, através de vínculos preciosos que o pretérito nos restitui...
A amnésia temporária, que nos é imposta durante a reencarnação, à maneira de supremo recurso da Lei Divina para acomodar-nos a mente enfermiça à extirpação dos males profundos que nos atormentam a alma, não nos exime da cortesia e do respeito para com os seres que nos compartilham a sorte.
Daí procede o imperativo de muito carinho, prudência e ponderação na abordagem das mentes desequilibradas que nos visitam.
A sessão mediúnica para socorro a desencarnados padecentes pode ser comparada a uma clínica psiquiátrica, funcionando em nome da bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O doutrinador ou os doutrinadores são médicos e enfermeiros com obrigações muito graves para com os necessitados e pacientes que os procuram.
Não podemos esquecer que o desencarnado dessa condição, transportando imensos conflitos em si próprio, é assim como pilha ressecada, com perda quase absoluta de potência elétrica, acolhendo-se numa pilha nova, carregada de energia – o médium a que se ajusta –, fazendo retinir a campainha das manifestações sensoriais, de modo a reequilibrar-se com a eficiência possível.
O médico sensato, frente ao enfermo que lhe pede auxílio, decerto não entrará em pormenorizadas indagações quanto a deslizes que terá ele cometido, por infortúnio da própria situação.
Não usará franqueza destrutiva.
Saberá dosar a verdade, veiculando-a através da água viva do amor, suscetível de regenerar os tecidos lesados por moléstias indefiníveis.
Invocará a essência do socorro divino, que palpita em toda a Natureza, estimulando-lhe, assim, a confiança.
Situá-lo-á no otimismo, na alegria e na esperança, a fim de que o poder curativo do Criador em cada célula viva possa entrar em ação.
E o doutrinador, na assembleia mediúnica, é um agente da mesma espécie, atendendo a uma dupla de pacientes, que, no caso, vem a ser o desencarnado doente e o médium que o abriga, pois que qualquer golpe vibrado sobre a entidade comunicante percutirá, de modo imediato, sobre a organização perispirítica do instrumento em serviço.
É por essa razão que, muitas vezes, se o doutrinador não se precata contra semelhantes perigos, o medianeiro humano, não obstante amparado por benfeitores responsáveis, costuma retirar-se da tarefa assistencial predisposto a perturbações orgânicas, porquanto, entre a organização medianímica que auxilia e o doutrinador que esclarece, se entrosam elos sutis de força, em torno do necessitado que está recolhendo o recurso de que precisa, a fim de refazer-se.
O desencarnado sofredor, no momento em que se comunica, permanece, dessa forma, temporariamente, quase que na posição de um filho espiritual das forças conjugadas do doutrinador e do médium.
Eis aí a razão por que devemos prezar com mais veemência a responsabilidade nos serviços desse teor.
Fazem-se indispensáveis a serenidade e a tolerância. E em qualquer fase mais complexa do esforço protecionista recordemos a oportunidade da prece como medicação inadiável para que a bênção de Mais Alto se registre na obra de solidariedade cristã que nos propomos efetuar.
Não nos esqueçamos, assim, de que na comunhão com as mentes torturadas, já libertas do vaso físico, é imprescindível aprendamos, com Jesus, a servir com paciência e carinho, para que a nossa máquina de trabalho não se resseque, por falta de combustível da humildade e do amor.
 
Efigênio S. Vítor
Mensagem transmitida psicofonicamente na noite de 20/9/1956, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, e publicada no livro Vozes do Grande Além, obra ditada por Espíritos diversos.


Respostas do Alto


"E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma
pedra?" - Jesus. (Lucas, 11:11.)

Nos círculos da fé, encontramos diversos corações extenuados e desiludidos.
Referem-se à oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do remédio, alegando que não recebem respostas do Alto.
Entretanto, a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos Desígnios, entendendo, enfim, que o Senhor jamais oferece pedras ao filho que pede pão.
Nem sempre é possível compreender, de pronto, a resposta celeste em nosso caminho de luta, no entanto, nunca é demais refletir para perceber com sabedoria.
Em muitas ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso de salvação.
Não poucas vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam a criatura em forma de espinhos e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as bênçãos da medicina celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes.
Em muitas fases da luta, o Senhor decreta a cassação de tempo ao círculo do servidor, para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e, não raro, dá-lhe fealdade ao corpo físico para que sua alma se ilumine e progrida.
Se a paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que dizer da Paternidade de Deus, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável amor?
O Todo-Compassivo nunca atira pedras às mãos súplices que lhe rogam auxílio.
Se te demoras, pois, no seio das inibições provisórias, permanece convicto de que todos os impedimentos e dores te foram concedidos por respostas do Alto aos teus pedidos de socorro, amparo e lição, com vistas à vida eterna.
 
Do cap. 166 do livro Vinha de Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Desajustes na Família



775 . Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
"Uma recrudescência do egoísmo." (*)
* * * * *
A família é instituição social e humana comprometida com a realidade do Espírito, por constituir-se elemento primacial na construção do grupo que a compõe.
Organizada para o ministério de intercâmbio dos valores afetivos, é educandário e oficina onde se desenvolvem os valores éticos e espirituais do ser humano com vistas ao futuro eterno dos membros que a constituem.
Iniciada mediante a união dos sentimentos que vinculam os cônjuges um ao outro, abre-se enriquecedora para a prole, que passa a representar um investimento-luz de relevante significado em prol da felicidade dos pais e dos seus descendentes.
A sua preservação é de vital importância para o desenvolvimento moral da sociedade, que nela se apoia e a transforma em alicerce para a preservação das suas conquistas com o crescimento de outros valores.
Mesmo entre os animais selvagens o grupo familiar é de significativa importância, cabendo aos pais, por instinto, o sustento da prole e sua preservação até quando essa se encontra em condições de sobreviver utilizando os próprios recursos.
Na família, caldeiam-se os elementos constitutivos do Espírito em processo de crescimento moral, ampliando-lhe a capacidade de evolução ao tempo que lhe retifica equívocos e lhe aprimora sentimentos.
Todos aqueles que formam o clã estão, de alguma forma, vinculados entre si pelos fortes laços de experiências transatas. Acontece, às vezes, iniciarem-se experiências novas com vistas ao programa da fraternidade universal. No entanto, conforme o comportamento durante a vivência, estabelecem-se futuros programas de intercâmbio iluminativo e de capacitação para os desafios do processo de sublimação.
Por isso, nem sempre os membros que conformam a família são harmônicos, apresentando desalinhos de conduta, agressividade, animosidade, insegurança, rebeldia, ódio acirrado... Nesses casos, identificamos adversários que se enfrentam mediante nova e abençoada oportunidade, nos tecidos biológicos do mesmo grupo, a fim de retificarem os erros, aprenderem compreensão e tolerância, reformularem conceitos sobre a vida.
Igualmente, quando o afeto esplende em todos os membros e a legítima amizade os irmana, acompanhamos o desdobramento de bases afetivas anteriormente estabelecidas, ampliando o campo de realizações para o futuro.
A sociedade é resultado do grupo familiar que se lhe torna célula essencial para a formação do conjunto, produzindo o coletivo conforme as estruturas individuais.
Por isso mesmo, quando a família se desestrutura sociedade soçobra.
Sem homens de boa formação moral e de caráter diamantino não é possível a existência de cidadãos equilibrados e dignos.
É, portanto, no lar, que se corrigem as arestas morais do pretérito, despertam-se sentimentos elevados que se encontram adormecidos, criam-se hábitos saudáveis e dignificantes. Sem um lar bem estruturado o conjunto social dissolve-se, formando grupelhos de atormentados e prepotentes ou desleixados e destituídos de ideais que fomentam o desar da Humanidade.
* * * * *
A imaturidade psicológica de homens e mulheres que procriam sem responsabilidade é fator causal que prepondera no desequilíbrio que assusta a sociedade dos dias atuais.
Mais preocupados em fruir prazer do que assumir responsabilidades, os indivíduos, não equipados de compreensão dos deveres, transitam pelos conúbios sexuais sem identificar-lhes a relevante significação de mero reprodutor da espécie com altas responsabilidades para os seus promotores.
Unem-se, uns aos outros, mais atraídos pela ilusão da carne sedutora do que pelos sentimentos que sustentam a afetividade e trabalham pela alegria de participar de uma existência saudável ao lado de outrem.
Quando os filhos nascem, ultrapassados os momentos de encanto e de promessas emocionais, consideram-nos impedimento para mais prazeres e gozos, ou têm-nos na conta de pesados ônus financeiro, enquanto que, por outro lado, se permitem o esbanjamento nos jogos da alucinação em que se comprazem.
Noutras vezes, a simples constatação da gravidez desencadeia reações asselvajadas que os levam ao aborto criminoso, em tentativa infeliz de fugir à responsabilidade e ao compromisso espontaneamente estabelecido.
Como educandário, no entanto, o lar representa um verdadeiro núcleo de formação da personalidade mediante os hábitos que se implantam no comportamento daqueles que aí se encontram. Pais agressivos ou negligentes, vulgares ou indisciplinados, emocionalmente inseguros ou rebeldes, tornam-se modelos nos quais os filhos formulam conceitos equivocados sobre a sociedade. Nesse clima de irresponsabilidade e conflitos, desenvolvem-se nos educandos os sentimentos de animosidade e suspeita contra todos os demais indivíduos, que passam a refletir as imagens domésticas, ameaçadoras ou punitivas, atormentadas ou insensíveis, de que foram vítimas.
Quando, porém, os hábitos salutares são vivenciados pelos genitores, criam-se raízes de respeito e admiração entre todos, transferindo-se esses comportamentos para a sociedade na qual deverão viver.
Na sua feição de oficina, as ações são mais valiosas do que os discursos de efeito aparente, quando são propostos conselhos e orientações em momentos emocionais inoportunos, porque somente por meio do trabalho bem direcionado em relação ao caráter e aos sentimentos é que se fundem os significados psicológicos e morais de profundidade.
O mais eficiente método, portanto, de educação, é aquele que se associa ao exemplo, que demonstra a sua eficácia e significação na conduta do preceptor.
Os pais, em conseqüência, não se poderão evadir da responsabilidade para com a prole, sendo os esteios de sustentação da família ou a areia movediça sobre a qual erguem os frágeis ideais de convivência.
* * * * *
O ser humano é animal biopsicossocial que não se pode desenvolver de maneira eficiente sem a convivência com outrem da sua e de outras espécies.
Os relacionamentos emocionais e espirituais constituem-lhe fonte de inspiração e de equilíbrio para uma existência feliz.
A família é-lhe o primeiro contato com o mundo, que passará a significar o que aprende entre os seus, exteriorizando o resultado da convivência. A sua desagregação leva o indivíduo a uma recrudescência do egoísmo.
Célula fecunda de desenvolvimento dos valores eternos, os desajustes, por acaso existentes no lar, resultado de sementeiras de sombras no passado, devem ser superados pelas lições poderosas do amor e da solidariedade, construindo laços de verdadeira união que estruturarão os grupos sociais de maneira equilibrada para a convivência ditosa entre todos os irmãos em humanidade.
(* Questão de O Livro dos Espíritos)


Desajustes na Família
Livro: Lições para a Felicidade 
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

A Depressão é falta de Deus?





As pesquisas científicas mais recentes são categóricas em afirmar que a fé religiosa interfere positivamente na capacidade de recuperação de um doente. Por outro lado, existem pessoas que atribuem à sua fé religiosa seu estado de saúde plena.
Sem dúvida, a fé é um recurso transformador da mente, porém, sem discernimento ela deságua no fanatismo e no preconceito, o que é sempre pernicioso. Os bens espirituais não são materiais ou físicos, por isso, as bênçãos divinas não podem ser medidas pelo sucesso financeiro ou pelo vigor físico de um indivíduo.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Mateus 6:20
O que pretendemos discutir neste artigo é o outro lado da moeda. Será o doente um indivíduo sem fé, sem Deus? Será que o otimismo, o pensamento positivo, a boa vontade, a fé em Deus são suficientes para que tenhamos saúde? 
Todas as doenças têm causas multifatoriais. Existe um componente físico, um emocional e outro espiritual. A conjunção dos três níveis de desequilíbrio é que abre as portas do organismo humano para a instalação de doenças. 
Choca-me a forma recorrente e incisiva com que pessoas esclarecidas, atuantes dentro de comunidades religiosas as mais diversas, afirmam que para elas a depressão é falta de Deus. Como se se tratasse de uma questão de escolha. Chegam a cogitar que os medicamentos antidepressivos seriam os responsáveis pela doença. É lastimável que essa visão distorcida seja tão presente em nossa sociedade. 
Trata-se de questão relevante, pois o doente com depressão tem ao seu lado, em sua família, pessoas com esse pensamento. O que resulta em um retardo no diagnóstico, prolonga o sofrimento do deprimido e, boicota seu tratamento. Essa visão se transfere ao doente e, ele sente-se ainda pior. Considera-se fraco, incapaz ou indolente. 
As pessoas que assim pensam cometem vários erros do ponto de vista médico e, outros tantos do ponto de vista evangélico. Elas assim agem por interpretarem os sintomas dessa doença como puramente emocionais ou como falhas de caráter. Desconhecem os mistérios da mente em sua interação complexa envolvendo o universo biológico, emocional e espiritual. 
O religioso precipitado julga o doente ignorando o verdadeiro mecanismo da sua doença, que é expressão de anomalia física e não de anomalia de caráter. Assim como o diabetes traduz a falta de insulina, a depressão reflete déficit de neuro-hormônios no cérebro. 
Existe, logicamente, um intricado emaranhamento entre questões emocionais e o curso mais ou menos favorável dessa condição, como em qualquer outra situação de desequilíbrio orgânico.
Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor. I Coríntios 4:5
É interessante como a humanidade repete, incansavelmente, os mesmos erros de seu passado. Os Hansenianos contemporâneos de Jesus eram tidos como malditos e pecadores, como vítimas do castigo divino. 
Sob o prisma da medicina sabemos que humor é uma função da mente regulada por neuro-hormonios. A pessoa com distúrbio do humor não está triste ou alegre. Ela está deprimida ou eufórica. Em medicina não são sinônimos, podemos ter uma pessoa deprimida e alegre e, uma pessoa em euforia e triste. A tristeza é um sentimento em reação a um fato exterior. A depressão não depende de cau sa externa, daí o termo depressão endógena. 
Quando ocorre uma diminuição da produção de neuro-hormônios, especialmente da serotonina, ocorre alteração do humor no sentido da depressão. A euforia é mais rara e, associa-se a um distúrbio da mente mais severo conhecido como doença bipolar. 
A depressão endógena, portanto, reflete déficit de neurotransmissores e a etiologia desse déficit por sua vez é multifatorial. A influência genética é bastante evidente. Trata-se de condição mais frequente na mulher em função da flutuação hormonal que ela sofre. A progesterona, hormônio da segunda fase do ciclo e, da gravidez, predispõe à depleção de serotonina, por isso a tendência feminina para alterações do humor na fase pré-menstrual. 
Trata-se de doença com caráter cíclico e recorrente. Os episódios de depressão costumam ser longos durando entre seis meses e dois anos. Em suas formas graves pode levar a uma profunda apatia, sensação de intenso pesar que pode levar o deprimido até extremos como o do suicídio. 
As formas leves muitas vezes são negligenciadas, pois tem manifestação algo diferente. A pessoa fica irritada, ansiosa, intolerante, pode desenvolver pânico ou comportamento obsessivo compulsivo. Mesmo em sua forma leve a depressão compromete bastante a qualidade de vida do seu portador, compromete ainda seus relacionamentos profissionais e pessoais. São pessoas tidas como chatas, arrogantes, perfeccionistas, intransigentes ou cheias de manias. 
A Distimia é um distúrbio crônico do humor, uma forma mais leve da depressão endógena que se caracteriza por persistir por períodos maiores que dois anos e por manifestar-se com humor mais irritável do que depressivo. 
Os exercícios físicos liberam endorfinas na corrente sanguínea as quais tem ação antidepressiva natural. O chocolate, fonte de triptofano, um precursor da serotonina, também tem ação antidepressiva. Atualmente existem medicamentos seletivos e seguros para o tratamento da depressão. São os antidepressivos, que não devem ser confundidos com sedativos, hipnóticos ou tranquilizantes. Estes últimos causam dependência química, o que não acontece com os medicamentos específicos para depressão. 
Infelizmente, drogas ilícitas e lícitas, como o álcool, também têm algum efeito antidepressivo transitório. Isso leva, comumente, ao seu uso abusivo pelos doentes em função de um busca por alívio instantâneo do desconforto que os consomem, especialmente, naquelas pessoas que não se sabem ou não se admitem doentes. 
Assim, o risco de desenvolvimento de dependência química entre os deprimidos é aumentado. Não é incomum que o diagnóstico de depressão endógena só seja feito após a instalação de uma dependência química, especialmente entre os adolescentes. 
Os antidepressivos ainda que bastante eficientes devem ser associados a exercício físico e ao suporte emocional para que se obtenha um bom controle das crises depressivas. Tal medicação pode ser usada por extensos períodos, de acordo com a forma da doença e a necessidade de cada doente. 
O suporte espiritual é também fundamental para o depressivo. Reduz a influência exterior negativa (obsessão) e, aumenta a capacidade de reagir à doença através da busca serena de soluções seguras. Quando afirmamos que a depressão é falta de Deus estamos julgando um doente como um simulador ou como um auto-agressor. Estamos julgando o doente como fraco e, sem vontade. E pior, como distante de Deus. Quantos enganos em relação ao Evangelho do Cristo? Ele, o Cristo, nos conclama a não julgarmos, a sermos compassivos e misericordiosos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Mateus 5:7
Todas as doenças enfrentadas com o auxílio divino são mais leves e tornam-se instrumento de educação do espírito encarnado. Tendo fé a nossa dor tem um sentido, faz parte de um conjunto de bênçãos do criador em favor de nossa evolução rumo aos paramos celestiais. Com fé lutaremos pela vida e pela disposição, sem revolta e com inteligência. 
Tendo fé usaremos todas as armas terapêuticas em nosso benefício e pelo tempo necessário conforme essa necessidade se imponha. Caso não precisemos de medicação, usaremos apenas os exercícios físicos e o apoio emocional como alternativa suficiente, já que múltiplos são os tratamentos eficazes em relação a essa doença. 
A premissa que depressão é falta do que fazer, falta de Deus, chilique... É desinformada e cruel. A informação sobre essa condição permitirá que pessoas saudáveis acolham respeitosamente as necessidades dos doentes com os quais convivem. 
E, para finalizarmos, levantamos uma evidência óbvia de que a depressão não tem como causa, em hipótese alguma, a falta de Deus: os índices dessa doença são semelhantes entre ateus e teístas. 
Giselle Fachetti Machado
Médica Ginecologista e Obstetra. Graduada pela Faculdade de Medicina da UFG e, Residência médica e especialização em Colposcopia no HC da UFMG. É responsável pelo Serviço de Colposcopia do Laboratório Atalaia de Goiânia. É membro da Comunidade Espírita Ramatís, em Goiânia e atuante no movimento em Defesa da Vida e na AME Goiás (Associação Médico Espírita). Nasceu em 20/05/1962 em Cianorte, no Paraná. Reside em Goiânia desde os 6 anos de idade. Oriunda de família espírita sendo que seu avö Osmany Coelho e Silva foi pesquisador espírita na década de 1940 no Rio de 

Causas da Depressão e sintomas


A depressão é muito frequente na sociedade actual tendo tendência a aumentar à medida que ela se vai tornando menos humana.
A depressão para caracteriza-se por um grande desinteresse pela vida, falta de vontade de viver, por vezes existem medos seja de enfrentar algo seja apenas medo de viver a vida ou alguma situação da vida.
Da mesma forma a pessoa sente-se incapaz de lidar com as coisas básicas do seu dia a dia.
A depressão pode igualmente resultar de uma desorientação da pessoa face a determinados objectivos caso ela sinta que lhe falta algo que lhe dê um motivo para viver.
A depressão pode levar ao suicídio ou a uma incapacidade de funcionar quer física quer mentalmente.
Esta situação (depressão) tanto pode acontecer na infância como na adolescência como na vida adulta ou mesmo após o parto.
Em qualquer das situações a pessoa com depressão sente-se incapaz de lidar com algo, ou sente que não vale a pena viver ou lutar e isso leva-a a afastar-se de tudo e de todos podendo tentar ou consumar o suicídio.
É uma situação para a qual todos devíamos estar prevenidos pois pode acontecer com qualquer pessoa, podendo acontecer mesmo com alguém da nossa família sem que tenhamos consciência desse facto.
Aliás, os sintomas da pessoa com depressão podem passar completamente despercebidos e só tomamos consciência da situação quando a pessoa comete alguma "asneira".
Depois é demasiado tarde.
Para evitar "asneiras" demasiado graves devemos agir quanto antes melhor, e para isso temos de estar precavidos acerca dos sintomas que são um sinal de depressão para que saibamos se nós ou alguém à nossa volta sofre de depressão.
Alguns dos sintomas são:
  • Afastamento de amigos ou pessoas.
  • Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades.
  • Perda de vontade de fazer seja o que for. Desiste da vida e de lutar por ela e pelas coisas.
  • Cansaço ou falta de energia.
  • Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.
  • Não querer ouvir barulhos ou querer musica ou barulhos em altos berros (pois é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).
  • Abusar de medicamentos, álcool ou drogas. (Costumam ser meios para se afastar e alhear do que se passa à sua volta).
  • Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar.
  • Vontade de chorar ou chora às escondidas.
  • Dores de cabeça, uma grande tensão ou desconforto a nível das costas, ombros ou cabeça ou pode mesmo ter dores ou desconfortos a nível lombar ou cintura.
  • Não se sente bem em lado nenhum.
  • Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse.
  • Tem maus resultados escolares, incapacidade de se concentrar ou irrita-se facilmente.
  • Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação. Isso deixou de lhe interessar.
Estes são alguns dos sintomas com que nos podemos deparar e para os quais devemos estar precavidos mas não quer dizer que por ter alguns deles a pessoa sofra de depressão. Existem também outros que não estão aqui. Aconselhe-se como seu médico ou especialista.
Na depressão bipolar a pessoa passa por fases em que está "tudo bem" e fases em que se sente demasiado deprimida ou em baixo. Isto apenas indica que existe algo que está a activar estes estados de espirito que precisa de ser corrigido para que a pessoa passe para um estado normal ou pelo menos mais normal.
Na depressão pós-parto os sintomas podem incluir um afastamento do bebé, um sintoma de não querer saber dele, um sintoma de incapacidade de tomar conta dele ou de cuidar dele, um pânico exagerado acerca do que possa acontecer ao bebé e outros sintomas tal como alguns dos acima descritos.
Tratamentos:
A situação corrente convencional para resolver a depressão, seja ela qual for, costuma ser:
  1. Antidepressivos
  2. Psicoterapia.
No entanto existem outras soluções (caso sejam indicadas) que serão dadas mais à frente.
Na primeira situação o médico pesa os prós e os contras da medicação pois a mesma não é isenta de riscos, e qual a mais indicada para a pessoa.
Como se sabe a medicação não cura a depressão (não resolve as causas) e como tal a pessoa muitas das vezes acaba por ficar com um problema crónico que dura o resto da vida, precisando de tomar medicação para equilibrar a química cerebral e dessa forma conseguir ter alguma qualidade de vida.
A complementar os anti depressivos ou em sua substituição caso a situação não seja grave pode-se procurar a ajuda de um naturopata, ou um homeopata, ou mesmo a experimentar os Florais de Bach ou outros técnicos e técnicas pois estas ajudas estão normalmente isentas de contra indicações e são tão ou mais poderosas do que a medicação química. Não é sem razão que na Alemanha se usa a homeopatia e produtos naturais para tratar a depressão em maior numero do que os medicamentos químicos.
No entanto, só o seu médico pode aconselhar ou dar-lhe as melhores sugestões. Converse com ele pois muitos deles são receptivos a alternativas como complementos aos seus tratamentos.
Quanto à psicoterapia para a depressão; ela é boa mas mesmo assim deixa algumas questões sem respostas pois trabalha sobretudo a componente emocional mas não trabalha as carências nutricionais do corpo ou outras carências ou necessidades que o corpo ou pessoa possam ter. 
Por vezes existem problemas emocionais aos quais não é fácil chegar e as técnicas usadas por vezes não dão os melhores resultados apesar de todo o empenho do psicólogo e da pessoa.
Como se isto não bastasse, a psicoterapia leva tempo e numa pessoa deprimida a dificuldade é acrescida.
Muitas depressões têm como origem ou agravantes, condições físicas que precisam de ser corrigidas. E enquanto essas condições físicas não forem corrigidas, a pessoa não conseguirá ultrapassar a depressão.
Para além das disfunções físicas que muitas vezes existem e que muitas vezes estão na origem dadepressão, costumam existir também disfunções a nível do sistema sacro craniano.
O sistema sacro craniano (liquido céfalo raquidiano, meninges e suas ligações ao sacro e ao crânio) é um sistema fisiológico muitas vezes completamente ignorado pela comunidade médica mas que é o responsável pelo ambiente fisiológico no qual todo o sistema nervoso central vive, funciona e se desenvolve.
Disfunções (ou maus funcionamentos) no sistema sacro craniano alteram por completo o funcionamento do sistema nervoso e mesmo do próprio corpo, o que se traduz por muitas e variadas patologias.
A depressão normalmente tem uma das seguintes causas:
  1. Causa emocional, ou
  2. Causa física, ou
  3. Causa física e emocional.
  4. Desarranjos Hormonais ou carências nutricionais. 
  5. Outras causas que têm de ser determinadas e corrigidas.
Contrariamente ao que é comum ouvir-se e dizer-se, muitas das vezes existem causas físicas para a depressão, quer essas causas estejam na origem da depressão quer estejam como agravantes da depressão.
As causas físicas podem advir de disfunções no corpo ou de disfunções do sistema sacro craniano.
Há que corrigir as disfunções quer do corpo quer do sistema sacro craniano se queremos que todo o corpo entre em sintonia e em harmonia.
A grande maioria das disfunções existentes a nível do corpo e do sistema sacro craniano não são detectáveis nos exames médicos que actualmente existem pelo que passam completamente despercebidas dos profissionais de saúde e dessa forma acabam por não serem tratadas.
Esta é também a razão deste importante sistema fisiológico ser muitas das vezes completamente ignorado pela comunidade médica.
De salientar que essas disfunções apenas são detectáveis e corrigidas por pessoas treinadas para o efeito.
No entanto existem técnicas, terapias e medicinas que permitem resolver muitos desses problemas físicos.
Algumas dessas técnicas existem na osteopatia, na quiroprática, na osteopatia craniana, na terapia sacro craniana, na libertação mio fascial ou mesmo em outras.
Estas duas ultimas terapias são muito mais abrangentes e completas pois trabalham o sistema sacro craniano e também o corpo e como tal são mais eficazes para as depressões que têm origem ou uma forte componente física.
Uma coisa é certa, a depressão seja qual for a causa, altera o funcionamento do corpo e das suas glândulas endócrinas e estas alteram o funcionamento do corpo. Não interessa para aqui o quê ou quem altera o quê; o que interessa saber é que o funcionamento do corpo, do seu sistema imunitário, e das suas glândulas endócrinas está alterado, para além do seu sistema emocional.
Quem controla todo o corpo é o sistema nervoso central. É este que tem o funcionamento alterado e que não está a controlar convenientemente o resto do corpo seja isso devido a factores emocionais quer devido a condições físicas que o estejam a afectar.
Quanto às causas físicas (se existirem) que podem ser responsáveis por esta situação qualquer terapeuta Sacro Craniano ou qualquer terapeuta Mio Fascial deve ser capaz de verificar se elas existem ou não, e é capaz de as corrigir. (Mas tudo depende dos conhecimentos e experiência deles.)
No caso da depressão pós parto as alterações e disfunções no corpo e no sistema sacro cranianocostumam ser as mais frequentes o que altera por completo todo o funcionamento do sistema nervoso, do sistema hormonal e do sistema emocional.
A Terapia Sacro Craniana (ou Crânio Sacral) e a Libertação Miofascial liberta as causas físicas, ajuda todo o sistema endócrino, melhora o funcionamento do sistema sacro craniano (o qual melhora o sistema nervoso central) libertando restrições e tensões no sistema sacro craniano, nas meninges e melhorando a drenagem e a circulação do liquido céfalo-raquidiano, liquido esse que banha, envolve e protege todo o sistema nervoso central melhorando assim a capacidade da pessoa relaxar e de equilibrar todo o seu sistema endócrino e hormonal o que pode ajudar bastante na situação, se for esse o caso.
A Libertação Mio Fascial faz tudo o que a Terapia Sacro Craniana faz e vai muito mais além, trabalhando todo o corpo e corrigindo aquilo que muitas das vezes está por detrás das alterações dosistema sacro craniano e das muitas disfunções e maus funcionamentos que existem no corpo e nosistema sacro craniano.
A rapidez e a eficiência da Libertação Miofascial faz com que ela seja a terapia que mais uso uma vez que consegue resultados muitas vezes considerados impossíveis.
Com a ajuda da Libertação Somato Emocional o terapeuta Sacro Craniano ou o terapeuta Mio Fascial pode libertar muitas das emoções que estão presas no corpo e a agravarem a situação.
Claro que podem existir muitas outras técnicas, terapias ou medicinas que também podem dar uma boa ajuda e que devem ser usadas para que os resultados sejam rápidos e estáveis.
A solução passa sempre por determinar e corrigir as causas da depressão.
Muitas depressões podem ser eliminadas em muito pouco tempo quando se sabe o que fazer para detectar e o que fazer para corrigir as causas.
Uma vez as causas corrigidas o problema pura e simplesmente deixa de existir.
E hoje isso é simples e fácil de fazer e de conseguir.
No caso de crianças com depressão, eu começo pelos pais em primeiro.
Também no autismo, o tratamento deve sempre começar por os pais se submeterem a tratamento primeiro, para que fiquem mais relaxados e não transmitam o seu stress e tensões acumuladas ao longo dos anos aos seus filhos, impedindo-os dessa forma de fazerem os progressos que precisam.
No caso da Hiperactividade e mesmo da Dislexia ou de Problemas de Aprendizagem ou outros, quase sempre as crianças beneficiam imenso quando os seus pais recebem tratamento primeiro ou em simultâneo.b