A evangelização
infanto-juvenil deve ser incentivada, pela importância e enormidade de valores
que presta à evolução dos Seres e ao equilíbrio da própria comunidade vivente.
Os Centros Espíritas
devem ver esta situação de forma especial, porque se trata nada menos de
preparar os tempos para a mudança, pela transformação dos espíritos e para
isso, as crianças e jovens são foco a rever-se num futuro e que será no fundo
um preparo para as gerações vindouras de espíritos para um plano de regeneração
.
Estruturar a
profitência de pedagogias de cativação das crianças e jovens, é obrigação e não
simples vontade, porque serão eles a nossa retaguarda e daí a termos que
refletir em meios que permitam uma sequência dos mesmos pela via da Doutrina
Espírita e para isso temos que mudar a postura mental dos adultos, Pais,
professores, orientadores, educadores de forma a instituir no seio Familiar essa
estrutura.
Jesus difundiu por
todo o lado sua mensagem evangelizadora, e de tal forma que ela se faz inata em
nós e perante as eras cronológicas seculares, está bem vivo o mesmo reflexo dos
seus ensinamentos.
Ora nos Centros
Espíritas, Lares, no convívio com os amigos, deve existir a incumbência
de continuar a missão evangelizadora., de formalizar, cristalizar
estrelas que fortaleçam os laços de amor no hoje, pensando no amanhã e
revitalizando o futuro. Essa cintilação sublime e generosa passa pela
rentabilização de valores educativos e na projeção de responsabilidades de
todos educadores como pedra vasilar de mudança de atitudes.
Não podemos hipotecar
mais a educação, dos nossos filhos e jovens, temos de ser ativos, disseminando
nos seus corações e pensamentos as lições que permitirão a transformação das
sociedades terráqueas, para abertura de um novo Mundo.
As almas estão a
tomar o orgulho e egoísmo como bitola e a transformar tudo que os envolve em
violência e desamor, mas nenhum de nós está ilibado dessa emergência de
atitudes, porque todos mesmo com conhecimento de causa deixamos que outros
decidam por nós, quando quem tem que o fazer são os próprios.
Existem ainda Pais,
que questionam nos Centros Espíritas, se devem ou não obrigar seus filhos a
seguir evangelização, pois muitos deles entendem que os filhos devem ser eles a
decidir e isso é um enorme engano, porque eles também não questionam os seus
pequenos se devem ir ao médico, ir à escola ou se devem tomar banho ou não!?
Eles claro como indivíduos com bom senso fazem-no porque sabem que é para bem
deles e que isso lhes proporciona higiene física e comportamental, mas e
a higienização espiritual e moral?!
Os Pais devem levar e
incentivar os seus rebentos à evangelização, ensinar-lhes a orar, a
estarem presentes no Evangelho do Lar, sendo assim uma forma de os envolver em
energias benéficas e educativas, como a semente bem adubada, sempre brota
bons frutos, se a tratares com amor e responsabilidade dentro dos princípios de
cristalização nas horas certas, tornando-os capacitados para a Sociedade, mas
também para serem um gérmen generoso e ativo no futuro, digamos que é uma
profilaxia obrigatória dos seus progenitores, proporcionar todos os meios que
lhes permitam a evolução, para depois não serem creditados e inclusive serem
bons espelhos de reflexão para eles, porque só dessa forma crescerão bem
estruturados.
Não podemos deixar de
lembrar que nossos filhos trazem com eles os comprometimentos do preterito e
que este tirocínio desde o ventre, passando pela infância, adolescencia
até ao jovem adulto, é de uma importância enorme.
No Livro O
Evangelho segundo o Espiritismo, Cap.XVII, nos textos “O Homem
de bem” e “Os bons espiritas”, não estabelecem regras, mas
traduzem o seguinte “A Obra educativa do homem,passa por a
evangelização,se assim não fosse a missão do Consolador,seria inoperante, tal
como um templo sem luz.”
Os programas sublimes
de educação da alma,são um labor essencial, porque destilam a oportunidade de
mudar mentalidades e por consequência abertura ao amor na sua essência. Jesus
nunca se cansava de proliferar os ensinos morais , nunca fugiu dos desafios e
nos deixou um manancial de amor infindável, e notem não tinha os meios que
detemos hoje.
Citações de enorme
importância;
Carlos Drumond – “A
educação visa melhorar a natureza do homem o que nem sempre é aceite pelo
interessado”.
Aristóteles - “A
educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.
Sêneca – “A educação
exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”
Pestalozzi- “O Amor é
a base do ensino”
Retendo todas estas
citas claras e lúcidas, verificamos da importância da ação educadora
evangelizadora, por isso,ela deve começar no ventre da Mãe, porque as energias
que a envolvem pelo bem , serão sempre nuances de luz e ternura para o feto.
O espírito nesta fase
de infância até ao 8 anos de idade, está mais propenso ao aprendizado e aberto
à educação, inclusive as suas capacidades não podem ser vistas pela idade,
porque poderemos estar na presença de um espírito adulto, com varias
experiências vivenciais, daí aparecerem por vezes os filhos sobredotados,
mas verifiquem os que os bons Espíritos nos dizem acerca disso no O
Livro dos Espíritos de Allan Kardec, Cap. VII, “Retorno à
Vida Corporal”;
“Item 379. O Espírito que anima o
corpo de uma criança é tão desenvolvido quanto o de um adulto?
— Pode mesmo ser mais,
se ele mais progrediu, pois são apenas os órgãos imperfeitos que o impedem de
se manifestar. Age de acordo com o instrumento de que se serve.
Item 380. Numa criança de tenra
idade, o Espírito, fora do obstáculo que a imperfeição dos órgãos opõe à sua
livre manifestação, pensa como uma criança ou como um adulto?
— Enquanto criança é
natural que os órgãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não possam
dar-lhe toda a intuição de um adulto; sua inteligência, com efeito, é bastante
limitada, até que a idade lhe amadureça a razão. A perturbação que acompanha a
encarnação não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o
desenvolvimento dos órgãos.
Nota de Allan
Kardec: Uma observação vem ao apoio desta resposta: é que os sonhos de uma criança
não têm o caráter dos sonhos de um adulto; seu objeto é quase sempre pueril, o
que é um indício da natureza das preocupações do Espírito.”
Isto deixa-nos na
responsabilidade de dar prioridades nos Centros Espíritas e lembro que temos de
educar os adultos para que estes pelos meios que a via tecnológica nos
oferecem, movimentar os valores do conhecimento para a tarefa de evangelização,
como ela começa educando orientadores, servidores do terreno espírita para
estas tarefas e que são de enormissima importância.
Relembrando Cap. VII
, da Infância L.E. ;
Item 383 - Qual é, para o
Espírito, a utilidade de passar pela infância?
— Encarnando-se com o
fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível durante esse tempo às
impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem
contribuir os que estão encarregados da sua educação. (1)
Item 385. Qual o motivo da
mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao
sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?
— É o Espírito que
retoma a sua natureza e se mostra tal qual era.
“Não conheceis o
mistério que as crianças ocultam em sua inocência; não sabeis o que elas são,
nem o que foram, nem o que serão; e no entanto as amais e acariciais como se
fossem uma parte de vós mesmos, de tal maneira que o amor de uma mãe por seus
filhos é reputado como o maior amor que um ser possa ter por outros seres. De
onde vêm essa doce afeição, essa terna complacência que até mesmo os estranhos
experimentam por uma criança? Vós sabeis? Não; e é isso que vou explicar.
As crianças são os
seres que Deus envia a novas existências, e para que não possam acusá-lo de
demasiada severidade, dá-lhes todas as aparências de inocência. Mesmo numa
criança de natureza má, suas faltas são cobertas pela não consciência dos atos.
Esta inocência não é uma superioridade real, em relação ao que elas eram antes,
não, é apenas a imagem do que elas deveriam ser, e se não o são, é sobre elas
somente que recai a culpa.
Mas não é somente por
elas que Deus lhe dá esse aspecto, é também e sobretudo por seus pais, cujo
amor é necessário à fragilidade infantil. E esse amor seria extraordinariamente
enfraquecido pela presença de um caráter impertinente e acerbo, enquanto,
supondo os filhos bons e ternos, dão-lhes toda a afeição e os envolvem nos mais
delicados cuidados. Mas quando as crianças não mais necessitam dessa proteção,
dessa assistência que lhes foi dispensada durante quinze a vinte anos, seu
caráter real e individual reaparece em toda a sua nudez: permanecem boas, se
eram fundamentalmente boas, mas se irizam sempre de matizes que estavam ocultos
na primeira infância.
Vedes que os caminhos
de Deus são sempre os melhores, e que, quando se tem o coração puro, é fácil
conceber-se a explicação a respeito.
Com efeito, ponderai
que o Espírito da criança que nasce entre vós pode vir de um mundo em que tenha
adquirido hábitos inteiramente diferentes; como quereríeis que permanecesse no
vosso meio esse novo ser, que traz paixões tão diversas das que possuís,
inclinações e gostos inteiramente opostos aos vossos; como quereríeis que se
incorporasse no vosso ambiente, senão como Deus quis, ou seja, depois de haver
passado pela preparação da infância? Nesta vêm confundir-se todos os
pensamentos, todos os caracteres, todas as variedades de seres engendrados por
essa multidão de mundos em que se desenvolvem as criaturas. E vós mesmos, ao
morrer, estareis numa espécie de infância, no meio de novos irmãos, e na vossa
nova existência não terrena ignorareis os hábitos, os costumes, as formas de
relação desse mundo, novo para vós, manejareis com dificuldade uma língua que
não estais habituados a falar, língua mais vivaz do que o é atualmente o vosso
pensamento. (Ver o item 319).
A infância tem ainda
outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se
aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna
flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem
fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as
suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada
pela qual terão de responder.
É assim que a infância
é não somente útil, necessária, indispensável, mas ainda a conseqüência natural
das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo”.
Item 319. Desde que o
Espírito já viveu a vida espírita antes da sua encarnação, de onde vem o seu
espanto, ao reentrar no mundo dos Espíritos?
— Esse é apenas o
efeito do primeiro momento e da perturbação que se segue ao despertar. Mais
tarde ele reconhece perfeitamente o seu estado, à medida que lhe volta a
lembrança do passado e que se desfaz a impressão da vida terrestre.
Na realidade o
espirito é moldavel até determinada fase da vida no corpo fisico, geralmente no
periodo da infância, porque após esse espaço de abertura, ele vai ao encontro
do espirito de si mesmo, ou seja passa a ser ele pela adolescência, e a exemplo
disso temos as mudanças que se começam a sentir nas suas decisões, como começar
a a ter suas opções, daí a ser oportuno dedicar-lhes um maior tempo no periodo
de sensibilidade à educação e isso passa pela infãncia.
A evangelização
infanto-juvenil, é de extrema importância, os Pais tem que começar a perceber
isso, porque a forma de moldarmos a Humanidade para o bem e preprarmos o
futuro, é pegar nas redeas educativas e desenvolver nas crianças o halito do
amor pelo amor, na justiça e igualdade de direitos, de forma a fazermos a
reforma intima e revigorar o conhece-te a ti mesmo, para alimentar o Universo
de luz e esperança, na condução de valores de Amor e respeito duns pelos
outros.
Os espiritos nos
dizem, no sentido da evolução, moral,espiritual e inteletual, que o meio de
destruirmos, a ignorância, o orgulho e egoismo, espada que dizima as almas e as
leva à dor, é educando. Vejamos o sentido dessas palavras; Cap. XII –
Perfeição Moral, Egoísmo.
Item - 917. Qual é o meio de se
destruir o egoísmo?
— “De todas as
imperfeições humanas a mais difícil de desenraizar, é o egoísmo, porque se liga
à influência da matéria, da qual o homem, ainda muito próximo da sua origem,
não pode libertar-se. Tudo concorre para entreter essa influência; suas
leis, sua organização social, sua educação. O egoísmo se
enfraquecerá com a predominância da vida moral sobre a vida material, e
sobretudo com a compreensão que o Espiritismo vos dá quanto ao vosso estado
futuro real e não desfigurado pelas ficções alegóricas. O Espiritismo
bem compreendido, quando estiver identificado com os costumes e as crenças,
transformará os hábitos, as usanças e as relações sociais. O egoísmo se funda
na importância da personalidade; ora, o Espiritismo bem compreendido, repito-o,
faz ver as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece de
alguma forma perante a imensidade. Ao destruir essa importância, ou pelo menos
ao fazer ver a personalidade naquilo que de fato ela é, combate necessariamente
o egoísmo.
É o contato que o
homem experimenta do egoísmo dos outros que o torna geralmente egoísta, porque
sente a necessidade de se pôr na defensiva. Vendo que os outros pensam em si
mesmos e não nele é levado a se ocupar de si mesmo mais que dos outros. Que o princípio
da caridade e da fraternidade seja a base das instituições sociais, das
relações legais de povo para povo e de homem para homem, e este pensará menos
em si mesmo quando vir que os outros o fazem; sofrerá assim a influência
moralizadora do exemplo e do contato. Em face do atual desdobramento do egoísmo
é necessária uma verdadeira virtude para abdicar da própria personalidade em
proveito dos outros que em geral não o reconhecem. É a esses, sobretudo, que
possuem essa virtude, que está aberto o reino dos céus; a eles sobretudo está
reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade vos digo que no dia do
juízo quem quer que não tenha pensado senão em si mesmo será posto de lado e
sofrerá no abandono”.
Já verificamos como é
importante a evangelização infanto-juvenil, mas existem irmãos que se queixam
de ser difícil levar a Codificação Espírita às crianças, aos jovens e mais
adultos!
Sei que muitos
companheiros de Filosofia condenam as Artes no seio espírita, e isso é puro
engano, porque a Arte, tal como André Luiz diz;” A Arte deve ser o belo a
criar o bom”, e isto diz muito, a musica, o teatro, pintura , escultura,
são formas de eleição para uma pedagogia a nível infantil, a cativação pelas
historias , pela ação da troca de efeitos pelo sorriso nas ações, permitem
enormes ganhos com a pequenada, ou não fossem eles a alegria dos lares, e claro
seguidos de exemplo dentro dos mesmos, será mais fácil, levar até eles a
felicidade de se sentirem úteis, a exemplo, levá-los a uma ação de caridade,
sensibilização para o meio ambiente, para os doentes, enfim dar valor aos
que o envolvem, retirando-lhes preconceitos,melindres e fazendo deles Seres com
um amanhã mais limpo das mazelas, que estão destruindo o planeta e a vida
feliz, mesmo que relativamente.
“Educar hoje , é
preparar o amanhã, para restituir um futuro,melhor” cravo
Bibliografia;
O Livro dos
Espíritos de Allan Kardec
Livro O
Evangelho segundo Espiritismo de Allan Kardec
Citador.pt
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