Todos sabemos sem exceção, que a Doutrina
Espirita, sempre teve oposição da classe medica, mesmo até nos primórdios aquando
da sua preparação doutrinária, isto em todo o mundo.
Não é difícil conceber a causa fundamental,
pois o Espiritismo sendo uma Ciência que na sua profundidade abre perspetivas que
não se esgotam para o desenvolvimento da Medicina, doando-lhe todo um lado
ignorado da existência humana e das capacidades curativas de que ela necessita,
pois que a medicina trata o efeito, mas não a causa.
Esta repulsa, tem exemplos em Pasteur e mesmo
Alan Kardec, que foram alvo de excomunhão científica.
E ambos tem, uma relação na sua revelação
que poderemos dizer de assimilação relacional, pois, Pasteur provou
cientificamente, o mundo impercetível das bactérias microbiais, que dão
resposta, pelo elo das viroses, à universalidade das enfermidades
infecto-contagiosas, e indo mais longe, pois abre a porta da prevenção e cura
para elas e Allan Kardec desvendou e
mostrou cientificamente o mundo incorpóreo dos espíritos que envolvem nossas
vidas, obsidiando e desequilibrando, e a forma científica de prevenir e curar
as influências.
Reparem, que esses mundos se fazem presentes
aqui, neste plano terreno, envolvendo todos nós, cada segundo do dia.
No entanto todos sabemos que a Medicina, é uma
organização de conceitos biológicos e nocionais e tudo que esteja fora da sua
estrutura ou que possa mexer com a sua realidade, simplesmente hostilizam e
fazem tudo para destituir do seu campo de interferência.
È na verdade uma visão obtusa da ciência.
As curas espiritas realizadas são vistas,
como uma joia milagreira, o que não se traduz em verdade, pois como sabemos e
somos os primeiros a dizer que milagres não existem.
A lei de causa e efeito é vector de
esclarecimento de todos estes equívocos, dentro da razão e bom senso e portanto
penso que a Medicina devia ter outra postura, até porque o que importa não é a
forma, mas a circunstância como dizia Kardec.
O Espiritismo é uma mais valia para reforço
de reconhecimento das patologias e forma de com a Medicina prevenir e superar
barreiras que condicionam a cura.
Existem recursos mediúnicos que são fonte
inesgotável para reverter patologias diversas, compreendendo que os recursos em
causa acolhem aos dois princípios da constituição humana, o material e o
espiritual, logo por isso a mais-valia na conjugação das duas ações
terapêuticas, operando cada uma no seu espaço exclusivo. E quanto mais nós
aprofundarmos esta conceção, apesar da maior responsabilidade, a evolução
espiritual será também uma fonte de grandeza. A espiritualização da Medicina,
só a irá engrandecer, não só pela abundância do aprendizado, mas pela
moralização do espirito, porque sem isso , não haverá crescimento moral,
espiritual e intelectual.
No entanto existe outra situação, que é
necessário, ponderar com muito disciplina, é o trabalho dos médiuns na cura,
sua disciplina e a filtragem que possam fazer, porque sabemos que os escolhos da
mediunidade são imensos.
Na realidade não podemos atirar médiuns para
um trabalho de cura, só porque é útil, mas temos que implantar um trabalho de
raiz, no qual a parte medica, deve também assimilar e associar o espaço de
interação entre ambos.
Os Espiritas sabem também, dos perigos da
mediunidade, no que concerne a vaidade, ambição e o empolamento que pode gerar
excessos e destruir tudo.
Na verdade para se constituir uma equipa
conjunta é criar estruturas no campo social, politico e espiritual.
Existem outras preocupações também, que são geralmente sanadas, pelo
trabalho silencioso dos espíritos de bem, pois sabemos e poderemos contar pelos
dedos os médiuns de cura. Logo, é importante reativar os valores da doutrina
nos médiuns, dentro dos Centros Espiritas de forma a consciencializar os mesmos
da responsabilidade e da necessidade de estar sempre vigilantes.
Problemas existem também, de médicos que,
principalmente no espaço da psiquiatria, quando um doente lhe diz algo, como; “Vejo pessoas, falo com elas”…., fazem
uma condução errada da terapia, olhando-os como loucos!? Infestando-os de
medicação! Uma porque não querem assumir a presença espiritual e sua
influência, ou porque a omissão lhes dá jeito, ou por temer perder clientela,
inclusive a doentes que são frequentadores de Centros Espiritas, são convidados
a sair, o que é uma falta de ética e respeito pelos valores da livre escolha.
Este reflexo negativo em nada é benéfico
para a ciência e por isso urge a necessidade de mudar comportamentos para
melhorar a relação medicina convencional e espiritismo porque ao contrário do
que muitos possam pensar ela é de suma para a Mundo.
As oportunidades chegarão, mas é necessário
que os espíritas tomem consciência da responsabilidade doutrinária e os médicos
domarem os seus preconceitos, em relação aos problemas espirituais e em
particular ao Espiritismo e à mediunidade curadora, pois está mais do que comprovada
em sua realidade próspera em todo lado.
O tempo neste plano é demasiado importante e
nossas responsabilidades são testadas todos dias, façam prova de um
comportamento espirita e demonstrem que a Doutrina, não é mera falácia, mas uma
porta para a cura.
Muita
paz e harmonia
Victor
Passos
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