segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Melindres Medicina e Espiritismo





   Todos sabemos sem exceção, que a Doutrina Espirita, sempre teve oposição da classe medica, mesmo até nos primórdios aquando da sua preparação doutrinária, isto em todo o mundo.
  Não é difícil conceber a causa fundamental, pois o Espiritismo sendo uma Ciência que na sua profundidade abre perspetivas que não se esgotam para o desenvolvimento da Medicina, doando-lhe todo um lado ignorado da existência humana e das capacidades curativas de que ela necessita, pois que a medicina trata o efeito, mas não a causa.
  Esta repulsa, tem exemplos em Pasteur e mesmo Alan Kardec, que foram alvo de excomunhão científica.
   E ambos tem, uma relação na sua revelação que poderemos dizer de assimilação relacional, pois, Pasteur provou cientificamente, o mundo impercetível das bactérias microbiais, que dão resposta, pelo elo das viroses, à universalidade das enfermidades infecto-contagiosas, e indo mais longe, pois abre a porta da prevenção e cura para elas  e Allan Kardec desvendou e mostrou cientificamente o mundo incorpóreo dos espíritos que envolvem nossas vidas, obsidiando e desequilibrando, e a forma científica de prevenir e curar as influências.
  Reparem, que esses mundos se fazem presentes aqui, neste plano terreno, envolvendo todos nós, cada segundo do dia.
 No entanto todos sabemos que a Medicina, é uma organização de conceitos biológicos e nocionais e tudo que esteja fora da sua estrutura ou que possa mexer com a sua realidade, simplesmente hostilizam e fazem tudo para destituir do seu campo de interferência.
   È na verdade uma visão obtusa da ciência.
   As curas espiritas realizadas são vistas, como uma joia milagreira, o que não se traduz em verdade, pois como sabemos e somos os primeiros a dizer que milagres não existem.
 A lei de causa e efeito é vector de esclarecimento de todos estes equívocos, dentro da razão e bom senso e portanto penso que a Medicina devia ter outra postura, até porque o que importa não é a forma, mas a circunstância como dizia Kardec.
  O Espiritismo é uma mais valia para reforço de reconhecimento das patologias e forma de com a Medicina prevenir e superar barreiras que condicionam a cura.
  Existem recursos mediúnicos que são fonte inesgotável para reverter patologias diversas, compreendendo que os recursos em causa acolhem aos dois princípios da constituição humana, o material e o espiritual, logo por isso a mais-valia na conjugação das duas ações terapêuticas, operando cada uma no seu espaço exclusivo. E quanto mais nós aprofundarmos esta conceção, apesar da maior responsabilidade, a evolução espiritual será também uma fonte de grandeza. A espiritualização da Medicina, só a irá engrandecer, não só pela abundância do aprendizado, mas pela moralização do espirito, porque sem isso , não haverá crescimento moral, espiritual e intelectual.
  No entanto existe outra situação, que é necessário, ponderar com muito disciplina, é o trabalho dos médiuns na cura, sua disciplina e a filtragem que possam fazer, porque sabemos que os escolhos da mediunidade são imensos.
  Na realidade não podemos atirar médiuns para um trabalho de cura, só porque é útil, mas temos que implantar um trabalho de raiz, no qual a parte medica, deve também assimilar e associar o espaço de interação entre ambos.
  Os Espiritas sabem também, dos perigos da mediunidade, no que concerne a vaidade, ambição e o empolamento que pode gerar excessos e destruir tudo.
  Na verdade para se constituir uma equipa conjunta é criar estruturas no campo social, politico e espiritual.
   Existem outras preocupações também, que são geralmente sanadas, pelo trabalho silencioso dos espíritos de bem, pois sabemos e poderemos contar pelos dedos os médiuns de cura. Logo, é importante reativar os valores da doutrina nos médiuns, dentro dos Centros Espiritas de forma a consciencializar os mesmos da responsabilidade e da necessidade de estar sempre vigilantes.
    Problemas existem também, de médicos que, principalmente no espaço da psiquiatria, quando um doente lhe diz algo, como; “Vejo pessoas, falo com elas”…., fazem uma condução errada da terapia, olhando-os como loucos!? Infestando-os de medicação! Uma porque não querem assumir a presença espiritual e sua influência, ou porque a omissão lhes dá jeito, ou por temer perder clientela, inclusive a doentes que são frequentadores de Centros Espiritas, são convidados a sair, o que é uma falta de ética e respeito pelos valores da livre escolha.
    Este reflexo negativo em nada é benéfico para a ciência e por isso urge a necessidade de mudar comportamentos para melhorar a relação medicina convencional e espiritismo porque ao contrário do que muitos possam pensar ela é de suma para a Mundo.
    As oportunidades chegarão, mas é necessário que os espíritas tomem consciência da responsabilidade doutrinária e os médicos domarem os seus preconceitos, em relação aos problemas espirituais e em particular ao Espiritismo e à mediunidade curadora, pois está mais do que comprovada em sua realidade próspera em todo lado.
   O tempo neste plano é demasiado importante e nossas responsabilidades são testadas todos dias, façam prova de um comportamento espirita e demonstrem que a Doutrina, não é mera falácia, mas uma porta para a cura.

Muita paz e harmonia


Victor Passos

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